Administração da Produção – Resumo para estudos

Posted on 11:11 | By Romualdo Minetto | In

Certamente é uma das áreas que mais exigem a prática da boa gestão, pois se lembrarmos dos grandes nomes da Administração encontrará teorias voltadas para a prática eficiente de produzir mais e melhor tal como Hery Ford que utilizou os métodos de Taylor (linha de montagem) na produção do Ford T (Ford Bigode) que perdurou de 1908 a 1927.
Observa-se hoje que praticamente não existem produtos que não sejam industrializados ao alcance de nossas mãos, a maior parte dos produtos que consumimos (se não todos) passou por algum processo de extração ou transformação que alguma empresa se responsabilizou antes de sua disponibilidade. Isso nos faz lembrar que existem 3 tipos de empresas relacionadas à máquina da produção.
Empresas Primárias ou Extrativas: Responsáveis pela extração da matéria prima bruta, ou o elemento primário de qualquer produção, ou seja, mineração, agropecuária, etc.
Empresas Secundárias ou Transformadoras: Como o próprio nome já diz, são as organizações que recebem a matéria prima bruta e transforma-as em produtos para consumo, estamos falando das fábricas e indústrias.
Empresas terciárias ou Prestadoras de Serviços: São as empresas que estão diretamente ligadas ao consumidor final, pois além da prestação de serviços, relaciona-se diretamente ao comércio.
Empresas do terceiro setor: Podemos dizer que é o quarto tipo de empresa, identificada por atividades sem fins lucrativos, ou ONG´s (Organizações não governamentais) se diferencia justamente por surgir de ideais ou missões pré determinadas nunca visando o lucro, diferente das outras que tem por objetivo comum “lucro”.
Mas afinal de contas, o que é uma empresa? As empresas são organizações sociais, pois são constituídas por pessoas, que funcionam como um sistema, ou um conjunto de processos para alcançar determinado objetivo. Como dito anteriormente, as empresas podem ou não ter objetivos de “lucro”.
Voltando a AP (Administração da Produção), é interessante citar que em suas teorias mais clássicas, alguns economistas defendem os Fatores de Produção que dizia que a empresa era constituída por “Natureza, Capital e Trabalho”, estes fatores de produção eram citados com freqüência na Era Industrial, hoje a Era da Informação, ainda existem esse fatores, no entanto agregam “Conhecimento, Habilidade e Competências”.
Os fatores de produção implicam que a “Natureza” fornece os insumos necessários para a produção (matéria-prima), o “Capital” representa o dinheiro que faz a empresa funcionar, tal como compra de matéria-prima, pagamento de funcionários e o “Trabalho” refere-se naturalmente a mão de obra propriamente dita.
Hoje os Fatores de Produção são considerados os Recursos Empresariais e ganharam características Tangíveis e Intangíveis, podemos destacar como os principais recursos:

Recursos Físicos ou Materiais: Como o próprio nome diz é um Recurso Tangível, pois trata de tudo que a empresa dispõem para cumprir sua missão pré determinada, tal como matéria prima, instalações, prédios, veículos e tudo que pertença a empresa e colabora para sua produtividade.

Recursos Financeiros: Envolve o capital da empresa além de seus créditos e valores.

Recursos Humanos: Basicamente o “Trabalho”, no entanto engloba todos os níveis hierárquicos da empresa.

Recursos Mercadológicos: Geralmente fora da empresa diz respeito ao relacionamento da empresa com seus clientes.

Recursos Administrativos: Com certeza um recurso fundamental que atua como organizador e sincronizador dos demais Recursos Administrativos.

Ainda é bom lembrar que a AP, tem por objetivo aumentar a Produtividade da Empresa, e para tal tem por base alcançar a Eficiência e a Eficácia da empresa em seus objetivos,e estes, são dois conceitos importantíssimos para AP.

Eficiência: Significa a utilização adequada dos recursos empresariais, ou seja, os meios, métodos, procedimentos, processos e etc.

Eficácia: Está ligado aos resultados, decorrentes dos métodos acolhidos pela empresa.

Os Produtos/Serviços

Falamos bastante sobre produção, sobre suas principais teorias e conceitos e evolução, mas afinal de contas como podemos definir sobre os produtos/serviços que as empresas vêem sem preocupando em oferecer cada vez mais, com qualidade e diversidade?
Os produtos/serviços representam aquilo que a empresa sabe fazer ou produzir, constitui-se da própria razão da existência da empresa. Em função disso a empresa pode criar, desenvolver e produzir uma ampla matriz de produtos e serviços.
Os produtos/serviços trilharam uma longa jornada para serem conceituados como hoje. Na idade média, os artesãos que eram responsáveis pela criação e desenvolvimento do produto de acordo com a encomenda do consumidor. Na era industrial, começa a surgir o conceito de padronização, até porque as produções passam a ter escalas gigantescas e não mais sobre a encomenda. No início do século XX surge a produção em massa, inicia-se a linha de montagem e a preocupação em aumentar a produtividade e reduzir custos. Após a Segunda Guerra Mundial, os japoneses introduziram como diferencial na exportação de seus produtos o conceito de “Qualidade”, que até hoje é uma preocupação crucial de toda e qualquer empresa. Ressalto que Ford investiu muito no conceito de Qualidade em busca da padronização.
Os produtos se classificam da seguinte forma:
Bens ou mercadorias (concreto), que são produtos tangíveis que se subdividem em Bens de consumo e Bens de produção. Os Bens de consumo são as mercadorias destinadas aos usuários finais, ou seja, os produtos que encontramos em qualquer loja para nosso uso. Já os Bens de Produção são os insumos e matérias primas, que são consumidos pelas empresas transformadoras ou indústrias.
Serviços (abstrato), que são atividades especializadas oferecidas ao mercado pelas empresas, tais como bancos, advocacias, propagandas e etc.

Sistemas de Produção

Sempre ficamos intrigados com alguns produtos tecnológicos que nos cercam, ficamos maravilhados ao saber que há hoje a tecnologia ao nosso alcance, mas vamos tentar observar um pouco antes dessa tecnologia estar a nossa disposição, encontraremos uma organização que esta envolvida em produzir este produto para chegar as suas mãos e as mãos de todos que puderem pagar por esse item. Já imaginou a complexidade de uma linha montagem de um carro? Você é capaz de dizer quantas peças há em seu automóvel? Pois quando a empresa te entrega o produto pronto, significa que não só essa simples pergunta ela respondeu como também fez diversos sistemas e processos para que sua única preocupação com o carro seja as parcelas e a gasolina.
Os sistemas de produção podem se resumir em 4 etapas distintas de fácil compreensão sem acomodar suas complexidades, que são:

Entrada: também chamada de Imputs, está relacionado a tudo que ingressa no sistema para permitir que ele funcione, energia, matéria prima, insumos, enfim tudo proveniente do ambiente externo.

Processamento: ou o momento da transformação, é o trabalho que os sistemas, em muitos casos com subsistemas realiza com as “entradas” para proporcionar as “saídas”

Saídas: é o resultado do processamento, ou o produto acabado o resultado do que o sistema produz.

Retroação: conhecido também como Feedback ou realimentação, trata da influencia das saídas junto ao ambiente externo, com a Retroação define-se o funcionamento do sistema. Existem retroação positiva que aumenta a produtividade e retroação negativa que retarda a produtividade.

Os Sistemas de Produção classificam-se ainda como: Fechados e Abertos. Os fechados, também chamados de mecânicos, funcionam com uma predeterminada relação com as entradas/saídas (causa e efeito), sua complexidade esta voltada para produção de acordo com as entradas, tal como, certa quantidade matéria prima transforma-se em uma quantidade correspondente de produto acabado. Abertos, são mais complexos, chamados de sistemas orgânicos, trabalham com relação de entradas/saídas indeterminadas e desconhecidas, gera uma dificuldade de mapear o sistema, no entanto pode cumprir as metas utilizando-se de diversos processos.
Podemos definir 3 tipos de sistemas de produção:
Sistema de produção sob encomenda: é sistema de produção que só determina a quantidade ou o que vai produzir após ter recebido pedido ou a encomendas desse produtos.
Sistema de produção em lote: é quando a empresa produz uma quantidade de produtos limitada por vez, essa quantidade limitada é chamada de lote.
Sistema de produção contínua: é quando a empresa produz determinado produto por longo período de tempo sem alterações.
Na década de 1960, os japoneses assimilaram os ensinamentos de dois Gurus da Qualidade – Deming e Juran – e criou uma série de inovações que foi copiada pelo mundo todo, podemos citar como principais:

Kaizen: (kai=mudar zen=melhor, ou seja: mudar par melhor), consiste em um sistema de melhoria contínua e inicia seu trabalho de mudança de baixo para cima.
TQC: Total Quality Control ou Controle Total da Qualidade, que conduzem conceitos estratégicos de Qualidade Total.

Housekeeping: também conhecido como 5S´s é um conceito relacionado com a limpeza da casa.

Kanban: é um modelo de produção e movimentação para se aplicar junto com JIT, tem por base sinalizar os processos.

Just-in-Time (JIT): é um modelo que visa agilizar o processo de acordo com a demandas dos clientes visando sempre a eliminação dos desperdícios.

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